Migração partidária: uma reflexão acerca da “dança das cadeiras” no parlamento brasileiro

Autores

  • Maria Clécia Alves de Oliveira TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO CEARÁ
  • Ysmênia de Aguiar Pontes UFSC

Resumo

RESUMO: A presente pesquisa tem por escopo o estudo da fidelidade partidária, instituto do Direito Eleitoral introduzido no ordenamento jurídico brasileiro por meio da Emenda Constitucional nº 1/1969, capaz de conferir legitimidade ao sistema representativo partidário, se aplicado de forma efetiva. Partindo-se da premissa de que o partido político constitui instrumento essencial para a concretização do ideal democrático suscitado pela Constituição Federal de 1988, buscou-se analisar os efeitos da troca de legenda pelos detentores de mandato eletivo, uma vez que a própria legislação brasileira favorece a migração partidária ao estabelecer cláusulas de desempenho para acesso ao financiamento público. As reflexões elaboradas, todavia, conduziram à conclusão de que as “janelas” da lei criadas para isentar de penalidades os mandatários infiéis, contribuem para intensificar o distanciamento entre os eleitores e as entidades partidárias, fomentando a ascensão da figura individual do político, o que prejudica gravemente a representação política e, consequentemente, a solidificação da democracia.

PALAVRAS-CHAVE: Democracia; Partido Político; Fidelidade.

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Publicado

19.12.2023

Como Citar

Alves de Oliveira, M. C., & de Aguiar Pontes, Y. (2023). Migração partidária: uma reflexão acerca da “dança das cadeiras” no parlamento brasileiro. Suffragium - Revista Do Tribunal Regional Eleitoral Do Ceará, 12(20). Recuperado de https://suffragium.tre-ce.jus.br/suffragium/article/view/121